Na minha colecção de recortes existe a primeira edição, integral, de uma sua história, com argumento de Paulo Madeira Rodrigues, parodiando o mito de Astérix.
Visando transplantar o clima, o tema e o estilo narrativo da romanesca crónica da resistência gaulesa ao domínio romano para a Lusitânia, procurando transferir para a nossa terra uma certa idiossincrasia genética, histórica e geográfica, a dupla criativa engendrou uma paródia divertida -ao estilo da época- que preencheu semanalmente, durante alguns meses, dezenas de páginas do já desaparecido diário A Capital, no seu suplemento Cena 7.
Foram no total 44 pranchas, uma delas dupla, publicadas aos pares todos os sábados entre 1 de Julho e 16 de Dezembro de 1972, ocupando praticamente o segundo semestre desse ano. Trata-se de uma história intitulada A Conquista do Algarve, integrada numa provável série de As Aventuras de Quatro Lusitanos e uma Porca. Mas a verdade é que aquela aventura permaneceu como a única e, quando mais tarde surgiu em álbum, em 1984 (Ed. Futura), o título escolhido foi este.
Sendo certo que a nossa dupla não corresponde precisamente ao carismático par Goscinny e Uderzo, também parece evidente que o seu trabalho se terá revelado suficientemente digno dos objectivos visados, em particular o de “nacionalizar” a mítica criação, à nossa moda muito especial. O guerreiro lusitano Lusido, mais o seu inseparável companheiro Lusitanso, a rotunda sacerdotisa Lusidia com a sua porca-da-murça e ainda Lusibanco, um chico-esperto, descendo dos Montes Hermínios a caminho da Cinetânia, com passagem pelas terras de ribatajanos e além-tajanos, vivem algumas aventuras mais ou menos trepidantes, mais ou menos dialogantes…
Vou aqui reproduzir a história original, directamente digitalizada das páginas de A Capital, que coleccionei. Começarei simbolicamente essa “reposição” no dia 1 de Julho, quando se cumprem 43 precisos anos sobre o início da sua publicação no jornal, prosseguindo ao ritmo de quatro páginas de cada vez, às quartas-feiras e aos sábados, em onze sucessivas
Pretendo tanto reproduzir uma raridade como lembrar, simbolicamente, a obra de um dos maiores e mais dotados criadores nacionais de BD, José Ruy, aqui assente num interessante e bem elaborado argumento de Paulo Madeira Rodrigues, que não deve ser esquecido.
António Martinó de Azevedo Coutinho
https://largodoscorreios.wordpress.com/2015/07/01/um-asterix-lusitano-i/
Entre 1 de Julho e 5 de Agosto de 2015 aqui reproduzi integralmente as pranchas, originalmente publicadas no desaparecido diário A Capital, da banda desenhada A Conquista do Algarve, integrada numa provável série de As Aventuras de Quatro Lusitanos e uma Porca, infelizmente não concretizada.
Foram no total 44 pranchas, uma delas dupla, publicadas aos pares todos os sábados entre 1 de Julho e 16 de Dezembro de 1972, ocupando praticamente o segundo semestre desse ano. Trata-se de uma história intitulada A Conquista do Algarve, integrada numa provável série de As Aventuras de Quatro Lusitanos e uma Porca. Mas a verdade é que aquela aventura permaneceu como a única e, quando mais tarde surgiu em álbum, em 1984 (Ed. Futura), o título escolhido foi este.
Sendo certo que a nossa dupla não corresponde precisamente ao carismático par Goscinny e Uderzo, também parece evidente que o seu trabalho se terá revelado suficientemente digno dos objectivos visados, em particular o de “nacionalizar” a mítica criação, à nossa moda muito especial. O guerreiro lusitano Lusido, mais o seu inseparável companheiro Lusitanso, a rotunda sacerdotisa Lusidia com a sua porca-da-murça e ainda Lusibanco, um chico-esperto, descendo dos Montes Hermínios a caminho da Cinetânia, com passagem pelas terras de ribatajanos e além-tajanos, vivem algumas aventuras mais ou menos trepidantes, mais ou menos dialogantes…
Vou aqui reproduzir a história original, directamente digitalizada das páginas de A Capital, que coleccionei. Começarei simbolicamente essa “reposição” no dia 1 de Julho, quando se cumprem 43 precisos anos sobre o início da sua publicação no jornal, prosseguindo ao ritmo de quatro páginas de cada vez, às quartas-feiras e aos sábados, em onze sucessivas
Pretendo tanto reproduzir uma raridade como lembrar, simbolicamente, a obra de um dos maiores e mais dotados criadores nacionais de BD, José Ruy, aqui assente num interessante e bem elaborado argumento de Paulo Madeira Rodrigues, que não deve ser esquecido.
António Martinó de Azevedo Coutinho
Entre 1 de Julho e 5 de Agosto de 2015 aqui reproduzi integralmente as pranchas, originalmente publicadas no desaparecido diário A Capital, da banda desenhada A Conquista do Algarve, integrada numa provável série de As Aventuras de Quatro Lusitanos e uma Porca, infelizmente não concretizada.
Os inspirados autores, Paulo Madeira no argumento e José
Ruy nas ilustrações, criaram um trabalho pioneiro entre nós, assente na
mitologia de Astérix.
A aventura, com 44 pranchas, data de 1 de Julho a 16 de Dezembro de 1972 e seria mais tarde integrada num álbum das Edições Futura, em 1984.
https://largodoscorreios.wordpress.com/2015/08/15/um-asterix-lusitano-uma-analise-da-epoca/
A aventura, com 44 pranchas, data de 1 de Julho a 16 de Dezembro de 1972 e seria mais tarde integrada num álbum das Edições Futura, em 1984.
https://largodoscorreios.wordpress.com/2015/08/15/um-asterix-lusitano-uma-analise-da-epoca/
Texto de José Ruy sobre a concepção da história:
Em certa altura, ao arrumar as pastas numa gaveta, vi um papel rabiscado que me chamou a atenção.
Era uma sinopse que o Paulo Madeira Rodrigues havia feito para a tal aventura com as personagens que havíamos criado. Li e achei que tinha muita atualidade. Haviam passado 10 anos, estávamos em 1971, e o sistema político e social não se tinha alterado em nada, e as piadas mantinham-se certeiras.
(...)
Em 1984 a Editora Futura editou em álbum toda a história a preto e branco, pela mão do saudoso amigo Jorge Magalhães.
E aqui termina esta história de como numa brincadeira de hora de almoço se construiu uma aventura que driblou os censores da altura.
E aqui termina esta história de como numa brincadeira de hora de almoço se construiu uma aventura que driblou os censores da altura.
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