24.12.19

A peixeirada


https://jornalmedico.pt/cromo/28177-a-peixeirada.html

06/06/2011

Cartoon de Eduardo Esteves

10.12.19

Astérix o Gaulês nos cinemas

recorte de Janeiro 1969

O filme "Astérix, o Gaulês" estreou em Portugal no dia 20 de Dezembro de 1968 precisamente um ano depois da estreia em França.

recorte do dia 20/12/1968



14.11.19

Banda Ideiafix


A banda IDEIAFIX nasceu em Assafora (Sintra) no dia 1 de Dezembro de 1990, tendo começado a actuar em algumas festas locais.

A pouco a pouco a banda começou a expandir a sua área de acção, tendo conseguido solidificar o seu nome em diversos cartazes de festas por todo o país.

https://www.facebook.com/banda.ideiafix

6.11.19

Francisco Vidal

(2002)

Uma das ilustrações roubadas ao caderno de apontamentos de Francisco Vidal inclui várias personagens de BD.

https://pt.scribd.com/document/53333738/Dossie-Bedeteca-2000-2009

Dossiê Bedeteca 2000-2009 / Dossiê anual da Bedeteca da Lisboa que analisa sete áreas da banda desenhada nacional portuguesa: crítica, edição, autores, festivais,

1.11.19

Miguel Salazar


https://miguelsalazar.blogs.sapo.pt/273934.html

Por estes dias, os nossos vizinhos do enclave Marroquino têm mais uma fantasia, sendo esta particularmente curiosa: agora acham que são Romanos. Mas é uma fantasia que tem tanto de curiosa como de recente. E de tão recente que é, ainda não lhes permitiu aperceberem-se de que, naquele tempo, os soldados de Roma eram Legionários e não "Gverreiros", como eles parecem supor. Mas enfim, como a fantasia é deles…

E foi no delírio de mais uma fantasia que eles vieram a Guimarães.

Apesar de os Vimaranenses não apreciarem muito este tipo de palhaçadas, a verdade é que estamos quase no Carnaval e como bons anfitriões que sempre fomos, não poderíamos recusar-lhes essa fantasia tão pueril.

A bem da diplomacia internacional, foi com uma enorme condescendência que entramos nesta fantasia, fazendo a representação de uma aventura de Astérix e Obélix, com Júlio Mendes fantasiado de Abraracourcix (o Chefe da irredutível aldeia gaulesa), Rui Vitória de Panoramix (o Druída), Paulo Oliveira de Cétautomatix (o Ferreiro), Douglas de Obélix e Barrientos de Astérix.

Com o incentivo do Chefe da aldeia, a poção mágica do Druída, o volume de Obélix (que não deixava sequer muito espaço para as bolas poderem entrar), a argúcia de Astérix, a irredutibilidade de Cétautomatix e a abnegação e empenho de todos os restantes gauleses da aldeia, esta espécie de Romanos não teve a mais pequena hipótese, acabando por sucumbir tal como sempre acontecera nestas histórias escritas pelo saudoso René Goscinny.

Foi apenas mais uma aventura igual a tantas outras já vividas por estes irredutíveis gauleses, com os Romanos a serem derrotados e humilhados, vítimas da sua própria arrogância. Bem, igual igual, não foi, porque se tivesse sido, não poderia ficar para José Peseiro a interpretação do papel do bardo Assurancetourix, durante o banquete final. O que foi rigorosamente igual, foi o facto de ninguém querer mesmo ouvir aquilo que ele tinha para dizer. Tal como acontecia com o bardo, melhor teria feito José Peseiro, se tivesse ficado calado.

Menos bem terá corrido o regresso das hordas ao seu acampamento em terras do enclave. Eu deveria dizer "Legiões", é verdade, mas para isso era preciso que eles quisessem ser "Legionários". Como afirmam ser "Gverreiros"...

A aventura destes Marroquinos armados em Romanos, teve as suas particularidades, mas suponho que é mesmo assim.

Afinal, cada um manda na sua fantasia, não é verdade ?...

José Rialto, 19 de Janeiro de 2013

Também não percebo o porquê de se chamar aos Bracarenses de Marroquinos. E se fores ver ao dicionário, guerreiros, são homens da guerra, logo soldados.

Não tentes gozar com o facto de os bracerences usarem isso, não vale a pena, é uma grande história dos Romanos em Braga e eles devem ter todo o orgulho em usar isso para os defenir....

Anon a 21 de Janeiro de 2013 às 00:57

Estamos de acordo sobre o direito que assiste aos bracarenses de usarem o seu passado romano para desencantarem novas tradições.

Agora, esse direito não pode é colidir com o meu de poder brincar com o facto.

E se por acaso tiver o cuidado de reparar, eu brinco com as situações, satirizo-as, mas sem nunca ser ofensivo.

Quanto ao primeiro parágrafo do seu comentário, por muitas voltas que dê, meu caro, nunca os Romanos chamaram Guerreiros aos seus Legionários. Não que não o fossem, mas não se chamavam assim, percebe?.

Guerreiros, no sentido de homens da guerra, também o são os nossos Comandos, Fuzileiros ou Rangers, os Marines americanos ou os Gurkhas ingleses.

A diferença está em que nunca nenhum deles ficou conhecido por "Guerreiro".

Tal como acontecia com os Legionários Romanos.

Os de Roma, claro, porque em relação aos de Braga... tudo é possível...

Miguel Salazar a 21 de Janeiro de 2013 às 23:55

22.9.19

Fresky



A equipa de Sérgio Alxeredo colaborou do anúncio do sumo Fresky Astérix que foi protagonizado por Francisco Garcia

(Alxeredos, Francisco Sousa Garcia, em Manobras d'Arte - Maquilhagem, cabeleireiro, caracterização, perucas.)



18.9.19

Visão


José Luís Duarte (n. 1945), desenho para a contracapa da revista Visão, número 4, Maio de 1975.

© Capas & Companhia

https://capasecompanhia.blogs.sapo.pt/11163.html


11.9.19

Fresky Astérix


https://www.comicsvalue.com/RARE-ASTERIX-PLACEMAT-FRESKY-PORTUGAL-80S-43-X-275/291681700153.html

FRESKY-ASTERIX AUMENTA FAMÍLIA

A gama Fresky-Asterix viu a sua família alargada, com a entrada no mercado dos novos néctares e sumos multivitaminados em garrafas de litro e meio, em embalagem reciclável.

Por Meios & Publicidade a 23 de Julho de 1999

À CONQUISTA DOS MAIS NOVOS

Tendo como “cicerones” as personagens de Asterix e Obelix, o Fresky Júnior quer ganhar o sector dos sumos infantis

A gama Fresky foi alargada com um novo produto. Para os consumidores com idades entre 3 e 12 anos, a Lactogal acaba de lançar no mercado o Fresky Júnior, um sumo que se apresenta como nutricionalmente equilibrado através da combinação dos sabores de dez frutos e de sete vitaminas. Segundo João Santos, director de marketing da Lactogal, o novo produto assume-se como «uma “poção mágica” que pretende atingir dois públicos distintos, os filhos e os pais, através de conceitos como o equilíbrio alimentar, a variedade e o divertimento».

Para fortalecer a identidade do produto, a marca escolheu as famosas personagens de banda desenhada Asterix e Obelix para darem a cara pela nova gama. Disponível em dois formatos — 250 ml e 1 litro —, a gama Fresky Júnior está a ser distribuída ao nível nacional, com forte incidência nas grandes superfícies comerciais. Espaços, estes, que também acolhem as várias acções promocionais que estão a divulgar o novo produto e que têm a assinatura da agência portuense Canal 1. Em termos de objectivos de mercado, João Santos é peremptório: «Com esta nova aposta queremos ter um lugar privilegiado no segmento de sumos infantis, ou seja, disputar a liderança do sector».

www.lactogal.pt

Por Meios & Publicidade a 8 de Setembro de 2000



28.8.19

E


edição 2443 E - Revista do Expresso, 24/08/2019

"Somos uma espécie de aldeia do Astérix da estabilidade" António Costa

22.8.19

Supremo condena Astérix de Herman


HERMAN José terá de pagar uma indemnização de 4500 contos, acrescidos de 15% de juros anuais, às edições Albert René, propriedade de Albert Uderzo e dos herdeiros de René Goscinny, pela utilização não autorizada da personagem de banda desenhada «Astérix, o Gaulês». A decisão foi tomada no dia 7 pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que assim encerra definitivamente um contencioso iniciado em 1992. Por outro lado, o acórdão do STJ vem fazer doutrina no campo dos direitos de autor em Portugal, já que é a primeira vez que se decide legalmente pela protecção de uma personagem, e não da obra integral.

As edições Albert René decidiram avançar com a acção legal depois de um «spot» publicitário de promoção da cerveja Sagres, realizado, produzido e interpretado por Herman José, ter sido exibido na RTP, em Maio de 1992, sem qualquer autorização para reprodução ou exploração comercial da personagem de BD.

No «spot», Herman José aparece caracterizado e vestido como Astérix - bigodes e cabelos loiros, colete, espada e capacete - e, inclusive, diz que a cerveja é a «poção mágica», o que, como sabem os leitores de Astérix, é um dos traços marcantes daquela personagem de Uderzo e de Goscinny.

«Objecto de usurpação»

No tribunal de primeira instância, a acção foi favorável a Herman José, tendo os juízes considerado que o actor apenas fizera «uma paródia». No entanto, as edições Albert René recorreram para a Relação, que lhes deu razão, considerando que houve uma violação dos direitos de autor. Foi então a vez de Herman José interpor recurso para o STJ, que reconfirmou a decisão da Relação.

Basicamente, o STJ considera que o «realizador-actor Herman José» utilizou na «sua essência a figura de BD Astérix (...) quer no seu aspecto plástico, traços físicos, quer na sua caracterização psicológica (herói vencedor através de uma poção mágica) (...) e no seu universo (guerreiro que luta contra os romanos)».

Os juízes afirmam ainda que Herman «se meteu na pele de Astérix e recriou esta personagem (...) sem lhe alterar qualquer elemento de marca distinto de Uderzo e Goscinny».

Concluindo, o STJ pronuncia que «(...) a criação de Albert Uderzo foi objecto de usurpação por parte de Herman José, já que a autora (da acção) não lhe concedeu qualquer autorização para a reprodução e exploração comercial da personagem». No mesmo acórdão, o STJ absolve a Centralcer, proprietária da marca Sagres, e a RTP, por considerar que caberia a Herman obter a autorização para uso da personagem.

«Homenagem romântica»

Confrontado com a decisão, Herman José diz que «as questões» relacionadas com o uso de personagens «são muito subjectivas» e que na sua «profunda convicção» utilizou Astérix «não para um plágio, mas como uma homenagem romântica a um personagem» que faz parte do seu «imaginário». No entanto, o artista reconhece que «uma coisa são os ideais românticos» e «outra a realidade comercial, onde a justiça tem de ser objectiva» e que, se tivesse de realizar o mesmo filme hoje, teria sido «muito mais profissional», solicitando «de imediato a autorização».

Manuel Lopes Rocha, advogado das edições Albert René neste caso, afirma que a sentença do STJ «cria uma corrente jurisprudicional a favor da protecção da personagem». Lopes Rocha defende que as «personagens e os seus nomes - de BD, literatura, animação, jogos de computador ou de outras criações - são fundamentais para os seus autores, devido ao valor acrescentado que proporcionam, como, por exemplo, em 'merchandising'». Segundo o advogado, a partir de agora em Portugal «a personagem, isoladamente, passa a estar incluída na protecção dos direitos de autor».

JOSÉ VEGAR / Expresso, 17/07/1999

O advogado de Obélix

«Sou um jornalista frustrado». É assim que se define Manuel Lopes Rocha, «o» acérrimo defensor de Obélix e Astérix. E logo pela manhã vinga-se do sonho nunca vivido. «Devoro furiosamente tudo quanto é jornal português ou estrangeiro. E muitas revistas.»

Coincidência ou não, o seu escritório lembra a desarrumação habitual das redacções, com montes dispersos de papéis pelo chão, expressando a sua importância na distância que os separa da secretária. Fala muito depressa. A sua acção rápida e viva, estaria mais de acordo com o stress jornalístico. Mas não. «A vida de advogado é muito aborrecida. Às vezes aparecem casos interessantes que ficam na nossa pequena história.»

Manuel Lopes Rocha tem desses episódios. Astérix e Obélix foram os personagens que lhe deram o caso mais mediático. A defesa dos famosos gauleses acabou por ser um marco na sua carreira. Arrastou-se durante seis anos, mas chegou a subir ao Supremo Tribunal de Justiça e fez jurisprudência em Portugal. Tratou do spot publicitário onde Herman José, disfarçado de Astérix, fazia de conta que uma conhecida cerveja portuguesa era a sua «poção mágica». O advogado levou a sua à certa e provou que também «a personagem artística é protegida pelo direito de autor». Houve indemnizações pagas e quem ganhou foram as edições Albert René, propriedade de Albert Uderzo e dos herdeiros de René Goscinny.

Na área do direito de autor, a especialidade de Manuel Lopes Rocha, é fundamental, explica, «ler muito, manter intenso contacto com a comunicação social, ter o mínimo de cultura e também 'beber' muita banda desenhada: Tintin, Blake & Mortimer, Astérix, Corto Maltese...» Isto porque os atropelos são cada vez em maior número. «É na banda desenhada, música, livros, Internet, software...» Outra das suas estreias foi ter conseguido, pela primeira vez, que um tribunal português considerasse o software protegido pelos direitos da propriedade intelectual, a propósito da pirataria de um conhecido importador de automóveis. E também lhe foi parar às mãos o caso do cibercrime protagonizado por dois adolescentes portugueses «extremamente dotados» que entraram no sistema informático de cartões de crédito americanos e fizeram compras em Lisboa.

A Internet tornou-se o alvo principal dos plagiadores por «tudo ser copiável». Manuel Lopes Rocha acha que se deve evoluir para outras medidas «como vender passwords, aferrolhando o que se quer proteger do ponto de vista intelectual». Porque os plágios, hoje em dia, tornaram-se vulgares. «Eu próprio sou vítima de plágios. Há um uso abusivo, um excesso de citação sem que se identifique o autor das ideias. Se nunca se referir o autor pode ser-se o pioneiro.» Os casos de plágio têm surgido em crescendo. «Em livros, multimédia, base de dados. As penas são pesadas, mas não são aplicadas.» Até que um advogado como ele se meta no assunto...

Leonor Figueiredo, Diário de Notícias, 04/03/2003

Descritores temáticos e sumário:

Direitos de autor

I - Provando-se nas instâncias que o réu, no âmbito de um contrato publicitário para a televisão surgia como actor principal, exibindo os bigodes e os cabelos loiros e consistindo o traje num colete de cor negra, um cinto de bolas, em calças, uma espada e um capacete arvorando duas asas, sendo esta a habitual indumentária de Astérix nas suas aventuras, nos seus mais diversos meios de criação artística em que se expressa pelo seu autor, significa isto que o réu se meteu na pele de Astérix e recriou este personagem com o seu cunho interpretativo, como é inevitável em qualquer actor relativamente a um personagem que interprete, mas sem lhe alterar qualquer elemento de marca distinto de Albert Uderzo.

II - Há assim um claro aproveitamento do que foi criado por Albert Uderzo, ou seja do que tem de essencial a sua obra, as suas Aventuras de Astérix.
07-07-1999

Revista n.º 592/99 - 1.ª Secção

Fernandes Magalhães (relator)
Tomé de Carvalho
Silva Paixão

https://arquivo.pt/wayback/20000925174218/http://www.cidadevirtual.pt/stj/jurisp/bol33civel.html

6.8.19

CROMOSsoma




Cromossoma: 2000-2006

Textos Miguel Múrias Mauritti
Ilustrações Eduardo Esteves
Edição: VFBM - Comunicação, 2007
251 Páginas - 22x30 cm

Edição que compila os "Cromos do Mês", textos de Miguel Múrias Mauritti e ilustrados pelos cartoons de Eduardo Esteves, que foram originalmente publicados no jornal "Médico de Família", entre janeiro de 2000 e dezembro de 2006.

25.7.19

As Bolas

Quem também teve problemas com a justiça foi Ricardo Quaresma, pelo menos é o que diz o jornal desportivo As Bolas, que noticia ainda na primeira página a incursão de Chalana no mundo da sétima arte.

Bruno Ferreira, 23/03/2008
http://brunoferreiraonline.com/revista-de-imprensa-23-de-marco/

5.7.19

Mais Simonix


Há ainda um outro fenómeno digno de registo: o atual presidente da Junta de Freguesia de Santa Clara e Castelo Viegas, na margem esquerda do Mondego, e recandidato pelo PSD/CDS faz campanha vestindo o papel de uma figura de banda desenhada. José Simão é para os eleitores o Simonix, numa alusão à conhecida história do gaulês Astérix.

Na BD que publicou, chega a referir-se ao presidente da câmara como Governador Machadus.

José Simão é Simonix, a versão conimbricense do gaulês Astérix.

CM, 27/09/2017
https://www.cmjornal.pt/politica/detalhe/coimbra-retrata-rostos-dos-partidos-em-cartoons

facebook

selo personalizado - 2009



1.6.19

Nestlé Clic

A promoção do refresco em pó Nestlé Clic usou imagens das aventuras de Astérix. Seguem imagens dos autocolantes com as várias personagens.




24.5.19

Os 40 anos de Astérix

"Estamos no ano 50 antes de Jesus Cristo. Toda a Gália está ocupada pelos romanos... Toda? Não! Uma aldeia habitada por irredutíveis gauleses resiste ainda e sempre ao invasor...". Todos conhecem esta frase que abre os álbuns de Astérix, mas, para saber como tudo começou, temos de recuar no tempo. Ir até 1926, digo a 33 a.A. (antes de Astérix, por Toutatis!), ao dia 14 de Agosto, quando nascia, na antiga Gália, René Goscinny, filho de pai polaco. No ano seguinte, a 25 de Abril, no mesmo país e igualmente filho de imigrantes, agora italianos, nascia Albert Uderzo.

Por vontade de Belenos, o seu percurso cruzou-se em 8 a.A., deixando Goscinny os desenhos para se revelar um prolífero e versátil argumentista, assinando séries como "Lucky Luke" (para Morris), "Spaghetti" (Attanasio) e "Jehan Pistolet", "Humpá-pá" e "Astérix", para Uderzo. Quatro anos mais tarde, em conjunto com Jean-Michel Charlier (argumentista de "Blueberry", "Barba Ruiva" e um muito largo etc.) formam uma agência com o objectivo de conseguir melhores condições de publicação para as suas obras. Banidos pelas principais editoras, decidiram-se pela auto-edição que, após diversos ensaios, corria o "ano zero" da era Astérix, surgiria com a forma de revista, sob o nome "Pilote", que se tornaria o berço da moderna BD europeia, revelando ou confirmando talentos como os já citados e, entre outros, Hubinon, Christin, Meziéres, Gotlib, Brétécher, Greg, Lob, Mandrika, Fred, Druillet, Tardi, Bilal, Comés e Cabanes.

Mas como a história da "Pilote" - desaparecida em 1989 e que chegou a ser conhecida como "Le journal d'Astérix et Obélix" - só por si justificava um outro artigo, regressemos à grande aventura de Astérix, o gaulês, que continua de boa saúde, pelo menos financeiramente, dado o decréscimo de qualidade que os novos títulos têm apresentado.

À frente de Tintin e Mickey

O herói preferido dos gauleses actuais, à frente de Tintin e Mickey, segundo sondagem recente, foi gerado por acaso, a três meses do nº 0 da "Pilote", quando os seus pais, a adaptar aos quadradinhos o "Roman de Renart" para a revista, descobriram que alguém já o fizera antes. Tornou-se premente a busca de uma alternativa, que foi inspirada pela plêiade de deuses gauleses e aproveitou uma distracção do todo poderoso Júpiter, deus dos romanos que, por isso, ao longo de 40 anos a apanhar pancada, muita vontade devem ter tido de o ver no circo, lançado aos leões. O resultado foi um herói com quem os gauleses se identificavam, mais inteligente que forte, e com um conjunto de amigos com defeitos bem humanos, aproveitados para conseguir irresistíveis momentos de boa disposição, que se revelaria um sucesso quase sem paralelo: no ano 2 d.A. (depois de Astérix), a tiragem inicial do álbum com a primeira aventura, "Astérix o gaulês", tirava 6.000 exemplares, que, n'"A foice de oiro", no ano seguinte, já eram 100.000, ultrapassavam o milhão, em 7 d.A., com "Astérix e os Normandos", atingindo a gorda (gorda, não, forte!) cifra de 2,7 milhões, no mais recente "O pesadelo de Obélix".

Se o êxito no mercado gaulês se deve à já citada capacidade de identificação com o herói e à chauvinista revisão da verdade história, a invasão (pacífica) dos outros países _ hoje cada novo título é traduzido em 77 línguas e dialectos _ explica-se pela capacidade de agradar aos mais novos, pelas aventuras em si e pelo humor directo e simples de Goscinny, e a adultos, pela caricatura de personagens reais, pela crítica de costumes e pelo humor subtil e inteligente de Goscinny.

O êxito crescente da banda desenhada, que conta 25 títulos, levou a um sem número de adaptações em cinema de animação, teatro e, mais recentemente, ao grande écran com "Astérix e Obélix contra César", de Claude Zizi, com um elenco de luxo, encabeçado por Christian Clavier (como Astérix), Gerard Depardieu (Obélix), Roberto Benigni (César) e a bela Laetitia (Falbala). E apesar dos atropelos feitos ao espírito da série, os números alcançados pela mais cara película gaulesa são impressionantes: 450 mil espectadores só no primeiro dia e mais de nove milhões até hoje, na Gália (e milhão e meio de cópias para o próximo lançamento em vídeo), 3.300 mil espectadores na Germânia, 800 mil espectadores na Lusitânia. Números que justificam que já esteja em preparação novo filme, com Clavier e Depardieu, dirigido por Alain Chabat.

O Parque Astérix (próximo de Lutécia, a que alguns chamam Paris), que recria a aldeia gaulesa e as principais aventuras dos heróis, em dez anos recebeu dois milhões de visitantes, que deixaram nos seus cofres um milhão de contos e permitiram a sua entrada na bolsa francesa, em 37 d.A..

Às comemorações do 40º aniversário de Astérix associa-se a Meribérica/Líber, que anuncia a oferta de brindes na compra dos álbuns, que serão integralmente reeditados a partir de Janeiro, o lançamento de mais um livro de receitas "As viagens gulosas de Astérix", e outras iniciativas que para já só podem ser transmitidas de "ouvido de druida para ouvido de druida", mas que deverão incluir um novo álbum durante 2000.

Tudo factores a fazer aumentar o volume do negócio, gerido pelas edições Albert René - criadas por Uderzo no ano 20 d.A., dois anos após a morte de Goscinny - que facturaram, há seis anos, quase 10 milhões de contos, o que se não pode evitar que o céu caia em cima da cabeça dos gauleses, ajudará muito, quando tal acontecer. Com a certeza que amanhã não será a véspera desse dia.

Pedro Cleto, JN, 1999

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Reservados todos os Direitos

Os 60 anos de Astérix

(imagens e informação disponibilizadas pela editora; consultar no blog de Pedro Cleto)

15.5.19

8.5.19

Viternum

O "Viternum" é um estimulante do apetite que ainda está no mercado.

Na década de 70 oferecia um pequeno boneco de borracha, com 14 cm, do Astérix.






Figura em borracha com apito squeezy. Brinde publicitário do xarope Viternum, anos 70/80.

Esta figura tem a particularidade de ter a inscrição do nome do xarope no cinturão.

(informação contida no catálogo da exposição "Brinquedos de BD" - 2004)

Há um outro boneco que pode ser da mesma promoção.


2.5.19

Bartoon

Que o popularíssimo herói de BD Astérix passou das mãos de Uderzo, exímias a desenhar criativamente, para as de Didier Conrad (e se Goscinny ainda fosse vivo, passaria agora a sua genialidade ficcional e humorística para Jean-Yves Ferri, argumentista sucessor), é um facto sobejamente conhecido pelo público afecto à BD, que também já decorou o título do novo episódio, "Astérix entre os Pictos".

O que especialmente causou surpresa, pelo improvável da situação, foi que houvesse um cartunista/banda-desenhista português, Luís Afonso, que na sua tira diária, "Bartoon", se intrometesse na autoria do herói gaulês e o incluísse num curtíssimo episódio, quatro vinhetas apenas, divulgado no jornal Público (hoje mesmo, 21 de Outubro de 2013, data a registar pelo inusitado da iniciativa editorial).

A mensagem implícita na sequência tem, como acontece quase sempre, uma intenção crítica sócio-política. A novidade é de, pela primeira vez (tanto quanto me recordo) o "barman" ter como interlocutor um herói famoso da banda desenhada.

Luís Afonso é um atento crítico-cronista que trata por imagens o dia-a-dia da sociedade portuguesa - e não só -, e as suas farpas resumem, em curtas tiras sequenciais, o conteúdo de longos artigos.

Quanto a Astérix, que está agora entre os Pictos na edição oficial, veio participar no imperdível "Bartoon" e assim estar "entre os tugas" mais uma vez, noutra das suas surtidas confidenciais a Portugal, algumas das quais mostrarei em futuras postagens...   (1)

Publicada por Geraldes Lino em 22/10/2013 à(s) 23:34

http://divulgandobd.blogspot.com/2013/10/asterix-entre-os-tugas-i.html

https://www.publico.pt/bartoon/21-10-2013

(1) Não houve mais nenhum postagem e não sabemos quais é que estavam previstas. Agradecemos quaisquer sugestões.

13.4.19

Vitor Péon, 1976


Jornal quinzenário O Mariola - Vitor Péon - 1976

"O Mariola" foi um efémero jornal satírico-humorista criado pelo desenhador Vítor Péon, como instrumento de apoio à campanha do almirante Pinheiro de Azevedo à presidência da República.

12.4.19

Astérix em Portugal

São muitos os exemplos da utilização do universo de Astérix em Portugal. Quer seja em cartoons, pastiches ou outros motivos.

O primeiro post é retirado do blog de Geraldes Lino e funciona também como uma homenagem.

Publicação em destaque

Bartoon

Que o popularíssimo herói de BD Astérix passou das mãos de Uderzo, exímias a desenhar criativamente, para as de Didier Conrad (e se Goscin...