27.12.22

Panoramix Consulting Services

Essa poção mirífica que nos tornará invencíveis chama-se inovação. Que bom seria podermos recorrer aos serviços do druida Panoramix, o único economista que conhece a fórmula mágica!

É a buzzword mais repetida em todos os quadrantes da actividade económica e empresarial. A irredutível aldeia portuguesa vê nela o elixir mágico capaz de injectar no tecido produtivo nacional uma força comparável à dos nossos poderosos adversários. Empresários, políticos e académicos multiplicam-se em declarações de fervor a seu respeito, avançando receitas e metodologias várias. Nela concentrámos todas as nossas esperanças, esgotado que está o arsenal competitivo convencional. Essa poção mirífica que nos tornará invencíveis chama-se inovação. Que bom seria podermos recorrer aos serviços do druida Panoramix, o único economista que conhece a fórmula mágica!

Como bem se lembrarão os leitores de Asterix, os ingredientes da poção eram produtos naturais, à vista e à disposição de todos, que o feiticeiro gaulês recolhia tranquilamente na floresta. Havia, é certo, umas ervas especiais cuja localização exacta Panoramix não revelava (sempre desconfiei, aliás, que esse pequeno toque de mistério não era mais do que um golpe de marketing do druida), mas todos os ingredientes eram de acesso público. O segredo, se é que o havia (não seria a mistela um simples placebo?), estava na selecção, dosagem e manuseamento dos componentes. O mesmo acontece com a poção da inovação.

Não restam dúvidas que o mundo de hoje exige comportamentos velozes e inovadores por parte das empresas, mas inovar comporta riscos não negligenciáveis, a que muitos fogem por aversão natural ou por desânimo. Toda a inovação implica uma descontinuidade na cadeia operacional e isso provoca custos de adaptação, mesmo que no final do exercício se obtenham ganhos de produtividade ou de mercado. A inovação nos processos permite aumentar a eficiência industrial, mas não é gratuita - exige tecnologia, expertise, formação e tempo. A inovação nos produtos permite expandir as vendas, mas também custa dinheiro - em marketing research, engenharia, publicidade e tempo. E, sobretudo, é de resultado incerto. Por isso, as duas principais substâncias do elixir da inovação são a qualidade da gestão e a cultura de risco. Mais do que em todos os restantes, é nestes dois ingredientes intangíveis que a receita de sucesso tem o seu princípio activo. A investigação, a tecnologia, a organização em rede, os estímulos públicos, todos integram a fórmula final, mas enquanto elementos bio-assimiladores. Os corantes e odorantes, esses são ao gosto de cada um.

Enquanto não surge a Panoramix Consulting Services, por toda a parte se experimentam fórmulas. Os ingredientes activos e os bio-assimiladores são comuns, mas as dosagens e os processos de amalgamação são bem diferentes. O último barómetro da inovação no mundo empresarial, o Innobarometer, encomendado pela Comissão Europeia à EOS Gallup Europe, dá conta do estado da arte nos 25 países da União com base num extenso inquérito realizado junto de gestores de pequenas e médias empresas (100 em Portugal) e revela alguns factos curiosos. Destaco dois. O primeiro é o bom posicionamento relativo das PME portuguesas quanto à dinâmica de lançamento de novos produtos e à presença em mercados internacionais. Seria interessante monitorar o ciclo de vida e a rendibilidade dessas inovações, mas não deixa de ser apreciável que cem gestores nacionais tenham revelado uma percepção tão positiva. O segundo é o facto surpreendente de Portugal estar acompanhado da Dinamarca e da Suécia no ranking das práticas de investigação - interna, subcontratada ou em rede - entre as PME. Isso mesmo. Ocupamos os três últimos lugares da Europa dos quinze. Dos novos membros, só ficamos com a companhia da República Checa e da Lituânia, sendo ultrapassados pelos restantes. Ele há barómetros?

Luis Nazaré, Jornal de Negócios,17/02/2005

23.9.22

I de Interessante


O jornal I (Inevitável) tem publicado algumas capas infelizes nomeadamente na edição de fim de semana.

No entanto na edição de dia 16/09/2022 foi publicada uma capa com desenho de Óscar Rocha e que recorreu a Astérix e aos seus amigos para retratar algumas desventuras do partido Chega.

https://largodoscorreios.wordpress.com/2022/09/22/chega-de-aventuras





14.9.22

Fun Farrow

A Cifranca, Lda era a dona da cadeia de lojas FunFarrow, onde comercializavam artigos de vestuário destinados ao público infanto-juvenil das marcas Astérix®, Billabong®, Quick Silver®, entre outras.

O inglês Michael Cooke visitou umas das lojas no Porto e adquiriu vários produtos e material de promoção.





8.9.22

Astérix chegou a Portugal "de foguetão"


"Astérix, o guerreiro gaulês" começou a ser publicado em Portugal cerca de ano e meio depois da sua estreia em França, aparecendo discretamente no interior do semanário "Foguetão", ao lado de Kim Novak, a "estrela da semana" nessa edição de 4 de Maio de 1961.

O "Foguetão" era mais um título da E.N.P., que já editava o "Cavaleiro Andante", e tentava ocupar um outro nicho de mercado, mais vasto, com uma publicação que era o dobro do tamanho e custava então 2$50 escudos - francamente caro, para a época.

Apostava-se em séries inglesas de reconhecido sucesso, como Sexton Blake e Dan Dare (vindo da Eagle), mas essencialmente em valores seguros da escola franco-belga, como Jean Valhardi (Spirou), Blake e Mortimer e Tintin (ambos da revista Tintin).

A grande novidade era, porém, o material comprado ao francês Pilote, como os célebres Pilotorama, da última página, Michel Tanguy e Astérix.

Adolfo Simões Muller, director do efémero semanário - só durou 13 números - ainda não sabia, mas acabava de apadrinhar mais um campeão de popularidade, ele que já lançara em Portugal títulos como Tintin, Lucky Luke e Blake e Mortimer.

Com o fim do "Foguetão" as histórias ficaram incompletas e terminariam todas no Cavaleiro Andante.

Astérix voltaria às páginas da imprensa portuguesa a 13 de Maio de 1963, no "Zorro", com a segunda aventura dos gauleses, "A Foice de Ouro".

Depois, seria necessário esperar até 1 de Junho de 1968, para o "Tintin" apresentar "Astérix e Cleópatra", sucedendo-se então os títulos, quase sem interrupções.

A primeira edição portuguesa em álbum é de 1967, da Ibis, passando o título para o espólio da Bertrand por muitos anos. Em 1988 a Verbo ficou com os direitos da série, editando "O Grande Fosso" e mais três álbuns.

Com "A Rosa e o Gládio", em 1991, Astérix passa a ser a "coroa de glória" do catálogo da Meribérica. A perda dos direitos para a ASA, há quatro anos, acelerou a falência daquela editora de BD.

Em Outubro de 2005 a ASA apresentava o 33º título da série, "O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça" e iniciava a republicação dos títulos anteriores, renomeando muitas das mais de cem personagens criadas por Uderzo e Goscinny.

Astérix, Obélix, Ideiafix e Panoramix mantiveram os nomes por que já eram conhecidos em Portugal, mas grande parte da aldeia gaulesa mudou mesmo de nome, adaptando o "jogo de palavras" francês para o português.

O chefe Abraracourcix (a corta-mato) é agora Matasetix e o velho Agecanonix (idade canónica) responde por Decanonix. E nem os acantonamentos romanos escaparam a esta "nova ordem": Aquarium e Laudanum continuam, Babaorum mudou para um literal Babácomrum, mas Petibonum deu lugar a um nada parecido Factotum.

Lusa/DN, 28/10/2009

* revistas - Foguetão, Cavaleiro Andante, Zorro, Tintin, Flecha 2000, BDN 

* livros - Ibis, Bertrand, Verbo, Meribérica, ASA

http://www.bdportugal.info/Comics/Hero/_Asterix.html

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Foguetao/Foguetao.htm

Astérix entre os portugueses

Há 50 anos, Astérix era publicado pela primeira vez em Portugal – e pela primeira vez fora do mercado francófono – na revista "Foguetão". Essa estreia dava-se ano e meio após o seu nascimento na “Pilote”, a 29 de Outubro de 1959, e era o início de uma sólida relação entre o pequeno guerreiro gaulês e os leitores portugueses que nunca mais o perderam de vista.

O 22º Amadora BD apresenta uma exposição documental - Astérix entre os portugueses.

Amadora BD, 24/10/2011


17.8.22

Rabiscos

No seu 14º ano a revista Tintim abriu as suas páginas a outros autores, menos experientes, mudando a sua política na divulgação da banda desenhada de autores portugueses, mas que tiveram a sua oportunidade de publicação. 

Estrompa
Publicou 3 trabalhos, nos números 37 e 39 do 14º ano e no nº 12 do 15º ano.


Ideiafix é um dos vários cães retratados

http://tintinemportugal.blogspot.com/2022/04/estrompa.html

Serer
No número 40 do 14º ano, em 13 de fevereiro de 1982, foi publicado "Agarrem esse rabisco!" de  Serer. 

Nesta aventura há trocas de corpo entre várias personagens de bd.

http://tintinemportugal.blogspot.com/2022/08/pedroserer.html

https://colecionadordebd.blogspot.com/2014/11/autores-portugueses-na-revista-tintin-2.html 



27.7.22

Caricatura de Francisco Zambujal

Caricatura de Chalana da autoria de Francisco Zambujal - jornal A Bola 



(recordada mais recentemente na capa da edição de 10/02/2019)


 

13.7.22

Zé Povix, o Portugalês


Inspirado no universo de BD de Astérix, a partir da aventura "O Domínio dos Deuses".

Estamos no ano 2000 d.C. Todo o país está ocupado pelas guarnições legionárias de Euromanos... todo ? Não ! Zé Povix (o herói da nossa história) vive numa pacata aldeia povoada por irredutíveis portugaleses, que vão ser convidados a transformá-la em prol do progresso civilizacional.

A aldeia divide-se em assembleias (Fóruns) de opinião e decidem manter os seus costumes e tradições. O país global prepara então a primeira invasão diplomática.

Entretanto Zé Povix, acompanhado pelos inseparáveis Nobelix (carregador de livros e apreciador de um bom cozido à Portugalês) e por Chefe Silvix (fazedor da receita mágica que dá forças sobrenaturais) e por Abrunhosix (o músico com voz encantatória), preparam-se para travar duras batalhas na defesa do seu último reduto. 

ficha técnica

encenação Pedro Carvalho guião dramatúrgico Pedro Carvalho, Alfredo Teixeira e José Leitão assistente de encenação Tó Maia interpretação Amílcar Mendes, Hugo Sousa, José Maria Abreu, Valdemar Santos, Júlio Ribeiro e Romeu Pereira participação especial elementos do curso "Oficina de Teatro da Maia" cenografia Alfredo Teixeira música original e sonoplastia Carlos Adolfo coreografia Ana Figueira animação coreográfica Divina d.j. Nuno Nobre desenho de luz Wilma Moutinho figurinos Fátima Maio pirotecnia Jorge Duarte vídeo Luís Miguel (Associação de Artes Cinematográficas de Valongo) execução cenográfica Sabino Pires equipa técnica Bruno Cardoso, César Fortes, João Branco, José Lopes produção Susana Lamarão

https://www.teatroartimagem.org/newpagefcf65ef6

Teatro Art'Imagem e Oficina de Teatro da Maia

data e local de produção:

Estreado a 13 de Outubro de 2000 no exterior do Fórum da Maia.

Espectáculo de abertura do 6º Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia

25.6.22

Contra Informação - Astérix Tortas


O programa "Contra Informação" de 17/03/1999 utilizou várias referências ao universo de Ast´rix e Obélix,

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/asterix-tortas/

Falar para o boneco

QUEM tem capacidade neste país para reunir, na mesma sala e no mesmo dia, António Guterres, um rol de ministros, destacados dirigentes da oposição, empresários mediáticos, árbitros e jogadores de futebol e uma ou outra estrela do «jet set»? Quem? Se respondeu o «Contra-Informação» o programa satírico diário da RTP1 cujos bonecos são, bastas vezes, melhores que os originais, acertou em cheio.

O «Contra» fez três anos de vida e a festa deu para tudo. Guterres até conseguiu uma vaga na sua estreita agenda para ir dar os parabéns ao pessoal da Mandala e arredores. (...)

É que os políticos reconhecem que a quota de popularidade de quem tem direito a boneco sobe imediatamente. Por isso é que, como se ia bichanando pelos cantos, há vários pedidos (muito implorados) para fulano ou sicrano vir a ser retratado.

Entre os convidados, Marques Mendes estava particularmente bem disposto. Já adivinhava que Durão Barroso se aprontava a marginalizá-lo, apesar do seu fiel José Mendonça o estar sempre a apertar para a necessidade de chegar a horas a Coimbra a tempo do Congresso. Pelo meio, dois fãs do programa do canal estatal foram dizer-lhe o quanto gostavam do seu boneco. Mendes não disse, mas pensou «Ganda nóia!»

Até Belmiro de Azevedo não quis faltar à celebração. Comentava-se amiúde pela sala que, ao contrário do que fez aos deputados, obrigando-os a abrir a Assembleia da República às oito da manhã para o ouvirem sobre os eventuais favores do Governo aos grupos económicos, neste caso aceitou sem pestanejar a hora a que os bonecos mais famosos de Portugal lhe marcaram encontro. E não é que conseguiu arranjar tempo na sua apertada agenda? 

Gente, Vidas, Expresso, 08/05/1999


16.6.22

Operação Imbicta


Após o enorme sucesso do filme francês Astérix & Obélix - Missão Cleópatra, Manoel de Oliveira, com o apoio do Porto 2001, decidiu adaptar o argumento para a realidade Portuguesa.

A história passa-se na formosa aldeia Portus Imbictas, onde o imperador exige a construção de um Monumental Estádio em tempo record. Mas só recorrendo à ajuda dos nossos dois heróis conseguirá defrontar o chefe de aldeia e os mercadores locais. Veja aqui uma breve descrição das personagens intervenientes nesta fantástica aventura.

Caricaturas - Piradas Interactivas

PORTUS IMBICTAS

Portus

Estamos no ano 2 antes do EURO. Todo o país foi invadido pela febre do futebol... Todo? Não! Uma pequena aldeia do Norte parece resistir à invasão de estádios que proliferam por todo o território....

IMPERADOR

Pintus da Costa

Quem realmente governa esta aldeia é o Imperador do FCP. Sarcástico, poderoso, incontestável, Pintus exige o início da construção do magnífico estádio antes do fim de Março.

LEGIONÁRIOS

Super Dragus

Toda a região se econtra ocupada por um exército de adeptos ferrenhos, agressivos, descontrolados, que ameaçam arrasar a Câmara se o seu estádio não for construído.

CHEFE da ALDEIA

Rui Rix

O chefe eleito recentemente pela aldeia. Majestoso, impulsivo e ingénuo, tem a ousadia em desafiar o Imperador na construção do estádio para proteger os pequenos mercadores.

DRUIDA

Santana Lopix

O venerável druida é bastante popular na sua aldeia. Diz ter em sua posse uma poção mágica para financiar o estádio do Benfica, e no entanto não revela o segredo a ninguém.

BARDO

Pacheco Pereirix

As opiniões acerca do seu talento divergem: ele considera-se genial, mas muitos o consideram abominável, especialmente os Super Dragus que já lhe quiseram fazer a folha.

OBÉLIX

Ferro Rodriguix

Ferro é um peso pesado da política, mesmo assim durante a campanha os boys conseguiram carregá-lo em ombros. Segundo os cartazes de propaganda, Ferro é "honesto, competente, sério, corajoso, determinado, tem convicções", no entanto não aguentou o peso da herança política que carrega aos ombros. Não vai poder fazer nada pelo estádio.

ASTÉRIX

Durão Barrosix

Adversário político de Obelix, encontra-se em exelente forma física, e com uma enorme sede de poder. A energia que o galvaniza surgiu nas autárquicas, e agora vais ser ele a ficar com a batata quente do estádio das Antas, e a realização de Euro 2004.


23.5.22

Astérix entre os portugueses - 2011


"Astérix entre os portugueses"

Festival internacional de Banda Desenhada da Amadora 2011

video de Jorge Macieira

https://www.youtube.com/watch?v=Wp8xRXNPVxo

EXPOSIÇÃO

Há 50 anos, Astérix era publicado pela primeira vez em Portugal e pela primeira vez fora do mercado francófono - na revista "Foguetão", que o grafava Asterix. Essa estreia dava-se ano e meio após o seu nascimento na Pilote, a 29 de Outubro de 195, e era o início de uma sólida relação entre o pequeno guerreiro gaulês e os leitores portugueses que nunca mais o perderam de vista.

Astérix em edições para-BD

Para lá das revistas e álbuns, a popularidade de Astérix em Portugal fez com que ao longo dos anos o pequeno guerreiro gaulês tenha protagonizado diversas edições para-BD como álbuns de homenagem, adaptações dos filmes, livros-jogos, cadernos escolares, postais, agendas, etc



12.5.22

Amadora 2009 - merchandising

Exposição de figuras dos 50 anos de Astérix no FIBDA...

Para aqueles que ainda não se aperceberam ou que andam mais distraídos o Astérix faz este ano 50 anos de existência.

Acontece que no FIBDA (Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora) está em exposição um percurso histórico com merchandise do Astérix.

Ali poderemos ver ao vivo figuras de quase todas as épocas e muitas delas autênticas raridades, que até a mim me deixam de água na boca...

É realmente uma exposição a não perder.

Ficam aqui algumas fotos da exposição, que considero bem conseguida. Recomendo uma passagem pelo festival para verem ao vivo este maravilhoso conjunto de merchandise do do gaulês mais famoso do mundo. Acreditem que vale a pena...

Nuno Mata, My Best Toys, 25/10/2009

50 anos de Astérix – Objectos de Colecção


A Branco de Almeida, 01/11/2009





 



5.5.22

Abrantes 1999

 

Por Toutatis!

O herói alado visto de frente, ou como o seu autor o não viu.

José Abrantes, 1999

https://www.facebook.com/groups/658299310886360/photos/ (06/05/2014)

20.4.22

Construções de Armar - Aldeia de Astérix


A Favorita lançou como oferta a Aldeia de Astérix em grande formato e o iogurte Longa Vida outra aldeia da mesma personagem, só que esta possui 27 folhas A4 para a sua total construção, enquanto para a anterior serão só cinco, embora de maior formato. 

Carlos Gonçalves

[Acho interessante o tema dos ‘Doces, Bolachas, Chocolates e Quadrinhos’.] Em  Portugal  também  se  verificou  ao  longo  dos  anos  que  alguns produtos  alimentares  ofereceram  aos  seus  compradores  edições ligadas à Banda Desenhada e às Construções de Armar. Por exemplo, os chocolates Favorita ofereciam pranchas em cartolina de grande formato,  com  uma  aldeia  do  Asterix,  e  os  iogurtes  Longa  Vida também ofereceram idêntico material, em mais de 20 folhas também em cartolina, mas já em formato A4.  As figuras vinham recortadas, pelo  que  se  tornava  mais  fácil  montar  a  aldeia  pelos  consumidores mais novos. 

O inseticida Banzé oferecia pequenos livros de Banda Desenhada com as aventuras de Tony Banzé (rapaz aventureiro). 

O sabão Azur oferecia livrinhos de pequeno formato, 6,5x10cm, com as aventuras de Lucky Luke e o mesmo acontecia com a Tulicreme (creme  para  barrar  o  pão),  que  ofereceu  pequenos  livros  com  as aventuras de Asterix. As medidas destes ainda eram mais pequenas, 5,5x7,5cm. E podíamos continuar com a Sumol, que oferecia caricas (cápsulas das garrafas), com as caras de alguns heróis da Banda Desenhada franco-belga, que serviam posteriormente para  um  jogo  de  loto.  Existiam  12  cartões  com  as  mesmas  figuras impressas,  para  serem  preenchidas  com  as  caricas  e  que  eram oferecidos pela revista portuguesa Tintin

Carlos Gonçalves / QI - Quadrinhos Independentes

https://docplayer.com.br/159275710-Liquidacao-de-revistas-12.html





imagens

5.4.22

Rei das Berlengas



Produto de uma imaginação transbordante, de um agudo poder satírico, mas de reduzida capacidade, de auto-análise, contensão e esforço de rigor, “O Rei das Berlengas ou a Independência das Ditas” vive num amontoado de situações de um humor absurdo, onde, lado a lado, coabitam D. Afonso Henriques, Asterix e Obelix, num encadeado de referências de uma aparente falta de lógica que, no entanto, não nos pedem uma interpretação pontual, mas global. Ou seja: não interessa tanto ter uma “leitura”, a par e passo, da obra, mas sim ir recolhendo informes e impressões que, no final, nos oferecerão uma visão do mundo, num tom de humor, um estilo de crítica. 


Asterix, Obelix e Ideiafix aparecem no filme "O Rei das Berlengas" de Artur Semedo (1978).

21.3.22

Álbum cartonado - 1969


Astérix E O Caldeirão (Livraria Bertrand/Editorial Ibis) - 1969

volumes publicados:

Astérix entre os bretões - 1967

Astérix, o gaulês - 1967

Astérix nos Jogos Olímpicos - 1968

Diário de Lisboa, 22/09/1969

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06605.143.24021#!3

Astérix, o gaulês (Astérix, le gaulois), 1959, Uderzo e Goscinny, Foguetão #1 a #13*; Cavaleiro Andante #510 a #525**; Álbum Editorial Íbis [1967];

A foice doirada/A foice de ouro (La serpe d'or), 1960, Uderzo e Goscinny, Zorro #27 a 37; Tintin #41/3º ano a #9/4º ano;

Astérix e os godos (Astérix et les Goths), 1961, Uderzo e Goscinny, Tintin #10 a #31/4º ano;

Astérix gladiador (Astérix gladiateur), 1962, Uderzo e Goscinny, Tintin #49/2º ano a #18/3º ano;

A volta à Gália (Le tour de Gaule d’Astérix), 1963, Uderzo e Goscinny, Tintin #19 a #40/3º ano;

Astérix e Cleópatra (Astérix et Cléopatre), 1963, Uderzo e Goscinny,  Álbum Editorial Íbis [1969];

O combate dos chefes (Le combat des chefs), 1964, Uderzo e Goscinny, Álbum Editorial Íbis [1969]; Tintin #1 a #21/2º ano;

Astérix entre os bretões (Astérix chez les Bretons), 1965, Uderzo e Goscinny, Álbum Editorial Íbis [1967];

Astérix e os normandos (Astérix et les Normands), 1966, Uderzo e Goscinny, Tintin #32/4º ano a #1/5º ano;

Astérix legionário (Astérix légionnaire), 1966, Uderzo e Goscinny, Tintin #27 a #48/1º ano;

O escudo de Arverne (Le bouclier arverne), 1967, Uderzo e Goscinny, Tintin #27 a #48/2º ano;

Astérix nos Jogos Olímpicos (Astérix aux jeux olympiques), 1968, Uderzo e Goscinny, Álbum Editorial Íbis [1968]; 

Astérix e o caldeirão (Le chaudron), 1968, Uderzo e Goscinny, Álbum Editorial Íbis [1969];

Astérix na Hispânia (Astérix en Hispanie), 1969, Uderzo e Goscinny, Álbum Editorial Íbis [1969];

http://bedetecaportugal.weebly.com/asteacuterix.html

23.2.22

Astérix no Criptopórtico

As loucurix no criptopórtix

Louro de César tempera carne

Museu Machado de Castro recua à Roma de César para receber as aventuras de Astérix e Obélix pela companhia de teatro Fatias de Cá.

Estreada em 2 de Março de 2002 em Coimbra, a peça "Asterix no Criptopórtico" tem estado em palco todos os sábados no Museu Machado de Castro. Esta versão de Carlos Carvalheiro baseada em "Os Louros de César" de Uderzo/Goscinny proporciona uma viagem à prodigiosa cidade de Roma com direito a um verdadeiro banquete gaulês.

Uma primeira versão desta aventura teatral apresentou–se ao público, no mesmo local, em Maio de 1979, no âmbito do dia internacional dos museus. Tendo sido na altura tratada em tom de brincadeira, é agora, segundo Patrícia Almeida, encarregue da direcção do espectáculo, "uma reposição mais trabalhada devido ao carinho inspirado pela personagem Astérix". Uma das preocupações do Fatias de Cá foi criar uma peça que se adequasse ao criptopórtico do museu Machado de Castro, o que revela o empenho desta companhia em revitalizar o património, os "espaços mortos", ao mesmo tempo que brinca com o público.

Patrícia Almeida deixa ainda adivinhar a singularidade desta peça: "toda a história gira em volta da coroa de louros de César que Astérix e Obélix tentam recuperar loucamente para fazer um maravilhoso banquete gaulês passando por muitas peripécias e aventuras".

Como diria Abraracourcix, o chefe da aldeia gaulesa, é o "ferpeito" tempero da carne assada que o seu cunhado Homeopatix merece.

À semelhança de outras peças da companhia, "Astérix no Criptopórtico" combina a gastronomia com o espectáculo como forma de sociabilização com o público. Com o objectivo primeiro de não entediar o espectador e em consonância com o espírito da época representada interactivamente, a ementa foi preparada para que se possa "comer com as mãos, sem preocupações com as regras do dia a dia". Após a reserva, por 15 césares (euros), crianças e adultos poderão descer ao louco mundo gaulês recriado pelo Fatias de Cá.

Sílvia Madeira / Sónia Nunes, A Cabra, 15/11/2002

FATIAS DE CÁ - EM CENA MAIO 2002

O Fatias de Cá, grupo de teatro sediado em Tomar desenvolve durante os próximos meses actividade em varias frentes animando Tomar, Coimbra e Torres Novas às quartas-feiras ao fim do dia e aos Fins de semana. Em Tomar e estreada em 27 de Fevereiro "A Comissão de Festas" de Alan Ayckbourn terá lugar a 29 de Maio e 5 de Junho a partir das 21h00. Durante este espectáculo é servido um buffet de sobremesas. Em Tomar a partir de então terá inicio a carreira de "Sonho de uma Noite de Verão" de William Shakespeare que passara a animar a Mata dos Sete Montes todas as Quartas Feiras a partir das 19h18. A 7 de Junho, e incluída na 6ª Mostra de Teatro de Cem Soldos, o Fatias de Cá levara a cena a peça "As Árvores Morrem de Pé" de Alejandro Casona, que terá lugar em Cem Soldos a partir das 21h18.

Por sua vez em Coimbra, e estreada a 2 de Março, continua a sua carreira a peça "Astérix no Criptopórtico", baseada no livro de BD, "Astérix e os Louros de César", que tem lugar todos os Sábados a partir das 12h30 no museu Machado de Castro, no final é servido um banquete gaulês.

Também em Coimbra mas no Convento de S. Jorge de Milreus, Universidade Vasco da Gama e a partir das 19h00 (jantar incluído) continua em cena a peça "Ligações Perigosas" de Choderlos de Laclos Todos os Domingos e desde Fevereiro de 2001 continua em cena "Corto Maltese", baseado na história "Concerto em Ó menor para harpa e nitroglicerina" de "As Célticas", livro de BD de Hugo Pratt, na Distilaria da Brogueira, em Brogueira, Torres Novas (a partir das 16h00, Irish Coffe + Lunch incluídos).

Astérix no Criptopórtico - Uma aventura teatral no Museu Machado de Castro
Uma Produção do Grupo Fatias de Cá, para crianças a partir dos 4 anos de idade
Sábados, 12h18

Preço 15 Euros (inclui Banquete Gaulês)
Informações 239 823 727 Reservas: 249 314 161

https://fatiasdecateatro.wordpress.com/

http://fatiasdeca.net/

20.1.22

O OBÉLIX do PS

Pegar no PS é acto de coragem com muita margem para o insucesso

Todos nós temos uma especial simpatia pelas figuras da banda desenhada conhecidas por Astérix e o seu fiel amigo Obélix. Este, por ter caído na panela da poção mágica enquanto criança tornou-se um verdadeiro gigante dotado de força física que ninguém usava enfrentar. Os soldados romanos obrigados a combater sofriam consecutivas surras desta besta sobrenatural. Naturalmente tanto peso e tanta força não davam espaço a muita estratégia e sentido táctico mínimo. Era habitual vê-lo, no meio de tantos socos e pontapés, acertar em cheio em alguns dos próprios camaradas da sua aldeia. Muitas vezes sem intenção mas, certamente noutras ocasiões, para acerto de contas. Não fazia mal a uma mosca mas, quando irritado ou provocado, era de fugir pelo estrago que podia fazer.

O PS/Madeira tem muito de aldeia da Bretanha do tempo de César. Infelizmente sem qualquer Astérix. E para infortúnio com muitos Obélix(es). Todas as figurinhas criadas por René Goscinny e Albert Uderzo podiam muito bem ter sido inspiradas nestas duas gerações de partido socialista à madeirense. Teve e tem de tudo. Desde o cantor lírico que não se cala ao druída das mil poções mágicas que garantem vitórias que nunca acontecem. Por mais que se ilustre e aprecie as peripécias das figurinhas minúsculas e resistentes, o que é facto é terem sido os romanos os finais vencedores da invasão da Bretanha. As histórias dos pacóvios bretões são um pouco da luta de quem sempre perde as grandes batalhas e por isso valoriza uma escaramuça que lhe foi favorável ou uma freguesia que lhe presta lealdade.

Quando não podem com os invasores lá vem o inevitável Obélix e tudo é desbaratado. Invariavelmente termina com um repasto de javali e muita bebida.


Tudo isto me veio à cabeça após o recente discurso do líder da JS, Olavo Câmara, na reunião estival da juventude socialista. Uma verdadeira porrada no novo líder socialista Paulo Cafôfo. Aquele mesmo que por eles foi proposto candidato a presidente do governo regional. Um candidato derrotado de seguida eleito líder do partido. E logo vem o filho, em nome do pai, fixar os limites mínimos exigidos pela juventude socialista sob pena de ser despedido. O valente jovem deputado fixou os objectivos obrigatórios.

Olavo foi implacável com Cafôfo. Como faz o inigualável Obélix para quem não gosta ou o incomoda.

E, ao que se percebe, ainda não tem razão para não gostar.

Paulo Cafôfo não tem tido o benefício de boa estratégia, o que é agravado por tácticas absurdas e mal sucedidas. Ou por sua iniciativa ou por mau aconselhamento.

Desde logo a academia da JS devia ter sido realizada depois do congresso do PS. Nessa altura Paulo Cafôfo já seria líder do PS e certamente encerraria a reunião da juventude socialista aproveitando essa excelente oportunidade para reunir e motivar a sua base jovem. Ao contrário nem teve direito de resposta e defesa. E parece não ter tido prévia informação do que aí vinha.

Julgo que Paulo Cafôfo não quer perceber onde está metido.

O problema do PS é o próprio PS. O seu percurso ao longo destas quatro dezenas de anos em nada melhorou a sua intervenção política. É tudo muito complexo, contraditório, dividido, agrupado por famílias e sempre com liderança ambígua e frágil. Pegar no seu motor é acto de coragem com muita margem para o insucesso.

Um seu destacado dirigente e deputado regional afirmou que “o modelo e as estratégias do passado já não servem”. O PSD agradece a publicidade, pois foi exactamente o PSD que, há muito tempo, percebeu essa realidade. Toda a gente percebe que o actual PSD de Albuquerque nada tem de parecido com a anterior prática política. O modelo é outro, a estratégia é distinta e o rumo sem paralelo.

O problema principal do PS é que sempre percebe mais tarde que o PSD. E se tem algo de novo tem de apresentar.

Pior ainda foi alguém sugerir o sofrimento associado à resistência dos socialistas perante a supremacia social-democrata. Engana-se. Resistência que se louve é a dos portugueses à sucessiva destruição pela governação do partido socialista.

Arrepia verificar que no manifesto, ontem distribuído com o Diário, nem uma palavra sobre transportes ou mobilidade. Nem é prioridade na agenda do PS nem fez parte do discurso de Paulo Cafôfo. Custa a crer.

Começar uma nova liderança com uma discussão sobre nomeações de assessores é fugir às prioridades de uma Região que atravessa uma pandemia sem qualquer ajuda do Estado. É reavivar o escândalo dos “boys for the job” que o governo nacional do PS acautela aos seus militantes e respectivos familiares. E que tem no presidente do PS, Carlos César, o recorde de familiares com emprego público.

É um começo sem qualidade e nenhuma preparação. Muito menos ainda porque nenhum impacto.

PS (post scriptum e partido socialista): dói ver a palavra “região” escrita com minúscula inicial.

Miguel de Sousa, Diário de Notícias da Madeira, 24/09/2020

12.1.22

Um bocado de céu


Rio Frio, a opção ideal para o aeroporto

O CHEFE da aldeia gaulesa de Astérix tinha medo que um bocado de céu lhe caísse em cima. E não vivia em Lisboa, com um aeroporto saturado no meio da cidade e nos limites da segurança. Daí um novo aeroporto para a capital, estimado em 400 milhões de contos que deve, tal como o montante que envolve, ser pensado com grandeza, como o último grande projecto estruturante do século.

https://arquivo.pt/wayback/19990831225020/http://www.expresso.pt/ed1320/e111.asp?a

14/12/1998

Isabel Meireles / Henrique neto

Publicação em destaque

Bartoon

Que o popularíssimo herói de BD Astérix passou das mãos de Uderzo, exímias a desenhar criativamente, para as de Didier Conrad (e se Goscin...